- Ano: 2010
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Fotografias:Paul Warchol, GLUCK+
Descrição enviada pela equipe de projeto. Inspirado na tradição das grandes Casas de Campo da região de Adirondack, esse moderno refúgio para a família está situado numa propriedade densamente arborizada na beira de um lago em Upstate New York. A exemplo dos outros casarões antigos, o programa residencial e recreacional está distribuído entre uma série de edifícios localizados do outro lado do terreno para promover o comprometimento com a paisagem.
O principal de um programa grande como este é assentar o edifício na paisagem em declive, conferindo um jogo de níveis e varandas que diminuem a presença do construído e aumentam a experiência do terreno à beira do lago. Esses "não-edifícios" são enterrados para serem integrados à paisagem, com cada nível interior abrindo-se para o exterior para encorajar a interação entre a vivência no interior e no exterior da casa. Painéis de vidro do piso ao teto correm para as laterais atrás dos quartos para transformá-los em varandas para dormir, enquanto os pátios rebaixados se tornam salas de estar externas.
A casa da família é a mais privada dessas duas estruturas principais, com entrada e movimentação menos prescrita através do edifício que a casa recreacional, cujo programa é projetado como um local de encontro para convidados, chegando de suas "cabines no bosque". A primeira abriga a suíte master, os quartos de hóspedes, sala de jantar e de estar, cozinha e uma galeria de arte aberta. A última casa concentra uma piscina, um spa, sala de ginástica, sauna, vestiários, cozinha, espaços livres abertos e uma sala de jantar mais formal que se abre para tornar-se uma varanda. Os hóspedes podem circular em sua própria planta interpretativa dentro e fora e através da paisagem reconfigurada.
Painéis de madeira quebram com os reflexos das fachadas envidraçadas em frente ao lago para moldar a privacidade, escalonar a fachada e suavizar as luzes interiores. A partir do lago, o edifício espia através das árvores, quase invisível na sua camuflagem de madeira. Os novos telhados verdes ocupáveis na verdade acabam por recriar o solo, expandindo o uso do terreno natural.
"Enterrar" o projeto constuído funciona em vários níveis: auxilia na eficiência energética, acomoda suavemente o projeto na paisagem, e cria uma tensão arquitetônica entre a claridade e a pureza da construção exposta acima do solo e o mistério e excenticidade dos espaços que estão abaixo. O que era antes inóspito e inabitável tornam-se novos espaços de jogos, varandas externas como salas de jantar e espaços recreacionais para uma experiência mais completa das características excepcionais da geografia daquele espaço em particular.